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Por fazer uso de radiação, o exame de raio-x é alvo de muita desinformação, criando medos e gerando crenças infundadas. Afinal, o exame pode ser utilizado em pessoas de diversas idades – inclusive crianças. 
 
1: O raio-x faz mal, e por isso só pode ser feito uma vez ao ano
 
Mito. O nível de radiação emitido pela máquina de raio-x é mínimo, e não implica em um número determinado de sessões. Quando a radiografia é odontológica, o nível é ainda menor. 
 
Essa confusão se dá por conta do limite de radiação anual de 1 mSv (milésimos de Sievert- unidade que mede efeitos biológicos da radiação), recomendada por cientistas. No entanto, essa medição não considera a exposição a exames médicos, justamente pela quantidade mínima emitida.
 
2: Existem exames que emitem mais radiação que uma radiografia
 
Verdade. Outros exames também utilizam a radiação na captação das imagens e com níveis superiores ao raio-x. É o caso da mamografia  (0,4 msv) e da tomografia (0,15 msv). No entanto, esses exames ainda emitem bem menos em relação a radiação solar, recebida anualmente (2,4 msv).
 
3: A máquina continua emitindo radiação, mesmo após desligada
 
Mito. A radiação emitida pelo equipamento de raio-x se dá por meio da eletromagnética. Depois que o equipamento é desligado, a emissão da máquina é completamente interrompida – o que evita danos ao paciente. 
 
4: Grávidas não estão autorizadas a fazer o exame de raio-x
 
Verdade. Essa recomendação é para evitar a exposição do bebê à radiação. Antes do nascimento, os riscos da radiação para a criança são altos – o que pode aumentar as chances de má formação. 
 
Em casos específicos em que a radiografia é essencial, os médicos podem autorizar o exame, desde que a região do útero seja devidamente protegida com revestimento de proteção externa de chumbo. E mesmo nessa situação, o exame não é recomendado no primeiro trimestre de gestação.
 
5: Os profissionais que fazem o exame de raio-x exercem função de risco
 
Em partes. Atualmente, o risco se tornou baixo para esses profissionais, pois eles se protegem com blindagens de chumbo e concreto, além de operar a máquina de uma distância segura. Além disso, há o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que diminuem ainda mais os riscos.